quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Denúncia mostra descaso com Hospital Infantil

Marcelo solicitou que porta fosse fechada devido ao frio e funcionário o informou que a entrada não tem porta há meses

Funcionários mantêm as ‘duas’ portas da entrada abertas para disfarçar a falta de uma



Presidente do bairro disse que desde o começo do ano que os compensados substituem os vidros quebrados da área de Especialidade


Moradores de Ponta Grossa recorrem à vereadora Ana Maria para que ela exija uma solução da Prefeitura em relação ao abandono do hospital.

Após receber inúmeras reclamações dos pontagrossenses sobre o descaso dos órgãos públicos para com Hospital Infantil Getúlio Vargas, a vereadora Ana Maria Holleben enviou na segunda-feira um ofício ao Tenente Coronel Cláudio Luiz Zanlukas, comandante do 2º Grupamento do Corpo de Bombeiros, solicitando a cópia do último laudo de vistoria do hospital. A resposta veio na terça-feira e demonstra que a última ‘visita’ foi feita há um bom tempo. No laudo do Setor de Prevenção do Corpo de Bombeiros não constam a colocação da porta de vidro na entrada do prédio e que está quebrada há alguns meses, nem a troca dos vidros da área de especialização, que desde o começo do ano protegeu o espaço com compensados. Outro problema sério é a falta de medidor de pressão infantil, ou melhor dizendo, a existência de dois aparelhos quebrados.

A vereadora recebeu a denúncia do presidente da Associação de Moradores do Ouro Verde, Marcelo Aparecido de Barros. Semanalmente ele leva crianças do bairro ao hospital para se consultarem. “A última vez que fui estava frio. Percebi que a sala de espera estava gelada e chovia um pouco dentro. Quando perguntei a um funcionário, ele comentou que a porta ficava aberta porque uma delas estava quebrada. Podemos concluir que o dinheiro do contribuinte não está sendo aplicado”, reclama Barros.

A dona de casa Sandra Cristina Braz não passou apenas frio, sua filha de quatro anos estava com suspeita de problema renal e não havia aparelho para medir a pressão da menina. “O médico pegou o aparelho para medir e quando começava a encher o ar vazava. Quando ele reclamou, a enfermeira o informou que estava com defeito e o outro estava quebrado”, lamenta Sandra. O aparelho defeituoso apontou pressão alta, mas a mãe proibiu a aplicação de remédio. “Minha filha nunca teve problema com isso e a medição foi absurda. Fui para casa buscar o aparelho do meu pai, que apontou que a pressão estava normal”, conta.

Após um mês que sua filha ficou internada no Hospital Infantil, Sandra voltou na tarde de ontem (16) e constatou que o problema persiste. “Não é culpa do hospital, a Prefeitura que deveria repassar a verba para que tudo estivesse funcionando”, acredita.

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